Ministro da Economia diz que vacinação em massa contra a Covid-19 deve custar R$ 20 bi
Paulo Guedes
participou de reunião virtual com deputados e senadores nesta sexta-feira
Em reunião
virtual com os parlamentares da comissão mista do Congresso que acompanha as
ações de combate à pandemia, na sexta-feira (11), o ministro da Economia, Paulo
Guedes, disse que a vacinação em massa da população deve custar algo em torno
de R$ 20 bilhões — o que, segundo ele, é pouco perto dos R$ 600 bilhões gastos
até agora. Vários parlamentares disseram ao ministro que os casos de Covid-19
estão crescendo e que é preciso pensar em um programa de proteção da população
mais pobre em 2021.
Assim como o
ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, Guedes chamou a fase atual da pandemia de
“repique”, afirmando que o período de calamidade vai acabar este ano, o que
justificaria o fim do auxílio emergencial. Segundo ele, se uma segunda onda for
confirmada mais à frente, o governo vai trabalhar com o novo momento.
“Nós ainda
estamos achando que possa ser [fruto de] um movimento: tinha um isolamento
social, houve uma certa celebração justamente pela queda do número de mortes e
essa celebração acabou por aumentar e provocar um repique. Assim que a Saúde
declarar que voltou, que estamos em uma segunda onda e não um repique,
naturalmente nós entramos em outro cenário e aí vamos ter que dar uma resposta
tão decisiva quanto demos na primeira crise”, disse o ministro.
Reformas estruturais
Guedes explicou que, como os pagamentos do auxílio emergencial obedecem a um cronograma, algumas pessoas devem receber o dinheiro até meados de fevereiro. E voltou a defender reformas estruturais para melhorar o clima econômico, como a PEC do Pacto Federativo (PEC 188/19).
Guedes explicou que, como os pagamentos do auxílio emergencial obedecem a um cronograma, algumas pessoas devem receber o dinheiro até meados de fevereiro. E voltou a defender reformas estruturais para melhorar o clima econômico, como a PEC do Pacto Federativo (PEC 188/19).
Segundo ele,
com as medidas da PEC e o fim da indexação das despesas, o Congresso terá que
decidir quais gastos são mais importantes e isso eliminará a necessidade de um
teto de gastos. O deputado Mauro
Benevides Filho (PDT-CE) disse que encontrou 12 países que usam o
teto de gastos, mas afirmou que nenhum deles submete despesas de investimento
ao limite, apenas despesas correntes.
“No mundo
inteiro, você tem teto de gasto exclusivamente para a despesa corrente. O
investimento é controlado pelo crescimento da própria receita. É um percentual
do crescimento da receita, sobrando dinheiro portanto para pagar as suas
dívidas”, explicou.
Guedes
afirmou que os investidores não querem saber que tipo de gasto está sendo
feito.
“O credor
interno e o credor externo, quem está financiando a nossa dívida, ele não pergunta
se você gastou em coisas boas. O financiador não faz essa pergunta. Essa
pergunta é para quem está um pouco mais calmo.”
Ainda
durante a reunião, o ministro minimizou a alta da inflação, que está acima da
meta do governo, afirmando que não se trata de um aumento de preços
generalizado
Fonte:
Agência Câmara de Notícias